domingo, 6 de maio de 2012

AUTISMO

O autismo é uma alteração cerebral, uma desordem que compromete o desenvolvimento psiconeurológico e afeta a capacidade da pessoa se comunicar, compreender e falar, afeta seu convivio social. O autismo infantil é um transtorno do desenvolvimento que manifesta-se antes dos 3 anos de idade, e é mais comum em meninos que em meninas e não necessariamente é acompanhado de retardo mental pois existem casos de crianças que apresentam inteligência e fala intactas. Existe também o Transtorno Invasivo do Desenvolvimento (TID) que difere do autismo infantil por evidenciar-se somente depois dos 3 anos de idade, referir-se a um desenvolvimento anormal e prejudicado e não preencher todos os critério de diagnóstico. O autismo atípico surge mais freqüentemente em indivíduos com deficiência mental profunda e em indivíduos com um grave transtorno específico do desenvolvimento da recepção da linguagem. Por ainda não ter uma causa específica definida, é chamado de Síndrome (=conjunto de sintomas) e como em qualquer síndrome o grau de comprometimento pode variar do mais severo ao mais brando e atinge todas as classe sociais, em todo o mundo. Leo Karnner foi o primeiro a classificar o autismo em 1943, logo após em 1944 Hans Asperger pesquisou e classificou a Síndrome de Asperger, um dos espectros mais conhecidos do Autismo. HISTÓRIA - CONCEITO DO AUTISMO  Leo Kanner ( Psiquiatra austríaco radicado nos Estados Unidos. Nascido em 13 de junho de 1894, em Klekotow, Áustria e falecido em 4 de abril de 1981 ) e m 1943 publicou a obra que associou seu nome ao autismo "Autistic disturbances of affective contact", na revsta Nervous Children, número 2, páginas 217-250. Nela estudou e descreveu a condição de 11 crianças consideradas especiais, que tinham em comum "um isolamento extremo desde o início da vida e um desejo obsessivo pela preservação da rotina", denominando-as de "autistas". Já existiram muitos questionamentos e hipoteses sobre origem do autismo. Uma delas era de que os pais poderiam ser culpados pelo extremo isom=lamento da criança, Então 1969 durante a primeira assembelia da National Society for Autistic Children (hoje Autism Society of America - ASA) , Leo Kanner absolve publicamente os pais de serem a causa do desenvolvimento da sindrome autistica em seus filhos. Ele continuou a ocupar-se de crianças com autismo por muito tempo, por isso voltou a sua primeira hipotese de que o autismo é um disturbio inato do desenvolvimento. Em 1972 nos Estados Unidos é reconhecido o programa TEACCH – The Treatment and Education of Autistic and Related Communication Handicapped Children ( em português: Tratamento e Educação para Autistas e Crianças com Déficits Relacionados com a Comunicação) criado por Eric Schopler Professor de psicologia e diretor desse programa da Universidade da Carolina do Norte até 1994. Um dos pontos principais desse método é a colaboração entre equipe educadora e a família. A partir de 1980 com a 3ª edicão do Manual Diagnóstico e Estatístico (DSM III) é introduzido o capitulo dedicado a Distúrbio Generalizado do Desenvolvimento no qual o autismo passa a estar.   SINTOMAS COMUNS Conforme - ASA ( Autism Society of American). A maioria dos sintomas está presente nos primeiros anos de vida da criança variando em intensidade de mais severo a mais brando. 1. Dificuldade de relacionamento com outras crianças 2. Riso inapropriado 3. Pouco ou nenhum contato visual 4. Não quer ser tocado 5. Isolamento; modos arredios 6. Gira objetos 7. Cheira ou lambe os brinquedos, Inapropriada fixação em objetos 8. Perceptível hiperatividade ou extrema inatividade 9. Ausência de resposta aos métodos normais de ensino 10. Aparente insensibilidade à dor 11. Acessos de raiva - demonstra extrema aflição sem razão aparente   12. Procedimento com poses bizarras (fixar objeto ficando de cócoras; colocar-se de pé numa perna só; impedir a passagem por uma porta, somente liberando-a após tocar de uma determina maneira os alisares) 13. Ecolalia (repete palavras ou frases em lugar da linguagem normal) 14. Insistência em repetição, resistência à mudança de rotina 15. Age como se estivesse surdo 16. Dificuldade de comunicação em expressar necessidades - usa gesticular e apontar no lugar de palavras 17. Não tem real noção do perigo 18. Irregular habilidade motora - pode não querer chutar uma bola, mas pode arrumar blocos     COMPORTAMENTOS DO INDIVÍDUO COM AUTISMO    (Segundo a ASA) USA AS PESSOAS COMO FERRAMENTAS RESISTE A MUDANÇAS DE ROTINA NÃO SE MISTURA COM OUTRAS CRIANÇAS APEGO NÃO APROPRIADO A OBJETOS   NÃO MANTÉM CONTATO VISUAL AGE COMO SE FOSSE SURDO RESISTE AO APRENDIZADO NÃO DEMONSTRA MEDO DE PERIGO RISOS E MOVIMENTOS NÃO APROPRIADOS RESISTE AO CONTATO FÍSICO ACENTUADA HIPERATIVIDADE FÍSICA GIRA OBJETOS DE MANEIRA BIZARRA E PECULIAR   ÀS VEZES É AGRESSIVO E DESTRUTIVO MODO E COMPORTAMENTO INDIFERENTE E ARREDIO   ALGUNS ESPECTROS DO AUTISMO  Ao conjunto de determinadas variações, chamamos de Espectro do Autismo, pois somam-se as características autísticas, outras específicas de cada grupo de outros sintomas. Distúrbio Abrangente do Desenvolvimento   Autism - High Functioning, Asperger's Syndrome, PDD, PDD-NOS.\   CAUSAS DO AUTISMO A causa específica, ainda é desconhecida mais há várias suspeitas de que pode compreender alguns desses fatores: Influência Genética Vírus Toxinas e poluição. desordenes metabólicos Intolerância inmunologica Infecções virais e grandes doses de antibioticos nos primeiros 3 anos. SOBRE METAIS PESADOS - Uma das possíveis causas Os seres vivos necessitam de pequenas quantidades de alguns desses metais, incluindo cobalto, cobre, manganês, molibdênio, vanádio, estrôncio, e zinco, para a realização de funções vitais no organismo. Porém níveis excessivos desses elementos podem ser extremamente tóxicos. Outros metais pesados como o chumbo e cádmio e o mercúrio já citado antes, não possuem nenhuma função dentro dos organismos e a sua acumulação pode provocar graves doenças, sobretudo nos mamíferos. Quando lançados como resíduos industriais, na água, no solo ou no ar, esses elementos podem ser absorvidos pelos vegetais e animais das proximidades, provocando graves intoxicações ao longo da cadeia alimentar. A ingestão, inalação ou absorção pela pele, de metais pesados ou substâncias que componham o mesmo, pode resultar em situações como o autismo, atraso mental, doenças, cansaço ou o sindroma do Golfo. Porém ainda que sendo apenas uma hipotése , ela não deixa de ter boas bases científicas e hoje os laboratórios começam a abandonar o uso do mercúrio como conservante, em parte devido à pressão da opinião pública. Mesmo que esse seja o motivo para o autismo não é o único. Existem diversas substâncias que estamos a acostumados de certo modo e algumas nos são impostas no convívio social como tabaco, poluição (sobretudo os gases de escape dos automóveis e fábricas), álcool, vemos que estamos vivendo num mundo demasiado poluído e que pode agravar toda esta situação. A Medicina Alternatica Complementar (CAM), portanto, pode ajudar pessoas com autismo. Ao verificar qual foi o dano causado no organismo (seja no sistema imunológico, alérgias ou outros problemas) e trabalhar na busca de uma solução, existem dietas, tratamentos farmacológicos e terapias que em conjunto podem auxiliar a solucionar ou amenizar situações graves. E todo e qualquer tratamento iniciado precocemente terá melhores resultados.

O AEE para o aluno com Deficiência Múltipla

O papel da escola ao receber um aluno com DMU é o de incluir, acolher ao aluno que chega como pessoa real e única, tenha ele ou não deficiências. Ao professor do AEE faz-se necessário repensar a organização espacial da escola e da sala de aula, de modo a facilitar a mobilidade do aluno com surdocegueira e em seguida, fazer a coleta de dados com a família. A coleta de dados constitui-se na realização de entrevistas com a família e a professora, a observação do comportamento do aluno em diferentes contextos e a análise de laudos médicos. Recomenda-se solicitar à família uma avaliação clínica (condições do olho, habilidades visuais e refração) para verificar se há a necessidade de adaptações na iluminação. É preciso ainda, avaliar o aluno em relação à comunicação, adaptação e aprendizagem para observar suas necessidades e adaptações específicas. Segundo a teoria de Van Dijk (1989) é necessário que a criança surdocega seja estimulada em atividades que envolvam movimento, ação, manipulação e exploração das condições presentes no ambiente, tendo como base o vínculo afetivo com o mediador. Van Dijk propõe ainda a estratégia co-ativa que ocorre mediante estimulação sensorial que inclui toques frequentes, tentativas de manter o contato visual, estimulação da participação em brincadeiras infantis, mobilidade conjunta com um adulto, união de atividades motoras entre o aluno e o mediador, o uso de formas diversificadas de comunicação (falas, gestos, sinais, objetos, entonação verbal e expressão facial) e considerar os interesses da criança. Através dessa abordagem, é possível amenizar a carência da natureza cognitiva exploratória e viabilizar as bases da aprendizagem. No exercício do AEE, pude trabalhar com duas crianças com deficiências múltiplas, sendo uma portadora da síndrome de leigh em que tinha comprometimentos físicos, mentais e auditivos e uma outra com sequelas de meningite em que resultaram em perdas mentais, visuais e físicas. Em ambos os casos, a inserção do aluno nas classes regulares foi difícil, os alunos não tinham autonomia para com seus cuidados pessoais e nem na realização de quaisquer atividades propostas. A primeira luta foi conseguir uma acompanhamente (estagiária de apoio à inclusão) contratada especialmente para cuidar da higiene, alimentação e locomoção desses alunos e depois na descoberta das necessidades e potencialidades deles, pois como as reações se resumiam no olhar e no sorriso, era preciso estabelecer uma comunicação com as crianças e ainda estamos em caráter de introduzir objetos de referências e cartões em alto relevo. A maior dificuldade é a adaptação de materiais para serem realizados na sala de aula, porque a professora regular fornece o conteúdo a ser estudado pela turma para a professora do AEE que deve adaptá-lo ao aluno e então é necessário muito estudo e criatividade para pensarmos em algo que esse aluno possa fazer de acordo com suas possibilidades.